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Polícia Civil conclui que morte de costureira atacada por pitbulls em chácara foi fatalidade
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Publicado em 17/11/2021

A Polícia Civil concluiu que a morte da costureira Marli Donegá Tizura, de 53 anos e que foi atacada por cachorros da raça pitbull em uma chácara de Birigui (SP), foi uma fatalidade.

O caso foi registrado no dia 21 de julho de 2021. Marli namorava o caseiro responsável por cuidar da propriedade e dos animais. O casal e um colega saíram para ir a um restaurante e, então, os cachorros foram soltos antes dos três deixarem a chácara.

Contudo, quando o casal retornou para a propriedade, houve o ataque dos animais. O namorado tentou impedir que Marli fosse ferida pelos cães, mas também foi mordido e sofreu diversos ferimentos.

De acordo com o delegado Nilton Marinho, o inquérito que investigava os ataques foi finalizado e encaminhado ao Fórum de Birigui.

“Juntando os pareceres técnicos dos peritos e veterinários, concluí que a morte ocorreu por uma fatalidade. Não vislumbrei dolo de ninguém. Portanto, não indiciei o caseiro nem o proprietário da chácara. Ainda não recebi manifestação do Ministério Público”

Caixa de pizza

 

Durante depoimento à Polícia Civil, o caseiro afirmou que Marli chegou do restaurante segurando uma caixa de pizza nas mãos.

“Os cachorros não chegaram a atacá-la naquele momento, apenas ficaram ao redor dela, levantados, com as patas erguidas. Aí, ela levantou a mão, segurando a caixa”, disse o delegado Nilton Marinho na época em que a morte aconteceu.

Com medo de que os cachorros avançassem, o caseiro interveio, tentando fazer com que os animais saíssem de perto de Marli.

“Os cães estranharam a voz de comando. Ele, de forma mais ríspida, acabou provocando os cães. Nisso, os cachorros foram atacá-lo primeiro. Em seguida, fizeram o mesmo com a Marli”, explicou o delegado.

Corpo de mulher morta após ser atacada por cães é enterrado em Birigui
 
 
 
 
 
 
 
 
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Corpo de mulher morta após ser atacada por cães é enterrado em Birigui

Mesmo ferido, o homem conseguiu fugir para dentro do imóvel e pedir ajuda antes de ficar desacordado. Ele ligou para o dono da chácara, que foi à propriedade e encontrou Marli morta e o funcionário machucado.

“Tanto o caseiro quanto a Marli tinham muito contato com os cães. Ele não soube esclarecer por que os cães atacaram, mas, naquele momento de desespero, acabou se exaltando, erguendo o tom de voz, com medo de que os animais atacassem a Marli”, disse Nilton.

O namorado de Marli foi socorrido e encaminhado à Santa Casa, onde ficou internado durante mais de 10 dias, passou por cirurgia e recebeu alta.

Ainda segundo Nilton, laudos veterinários apontaram que os animais nunca apresentaram comportamento agressivo ou violento.

“Os veterinários relataram que os animais estão em perfeita saúde, com a medicação e vacinação em dia. Os dois descreveram um pouco as características do pitbull, mas, evidentemente, não possuem condições de afirmar o que realmente aconteceu no dia dos fatos”, explicou.

 

Velório

 

corpo de Marli foi velado com caixão fechado e enterrado no dia 22 de julho, em um cemitério de Birigui. Parentes e amigos da mulher acompanharam a cerimônia, que foi rápida por conta da pandemia.

“Foi massacrada. Não merecia. Foi uma tragédia horrível. Vai fazer muita falta. A Marli era gente para ninguém botar defeito. Ela cuidava de toda a molecada das igrejas. Não tinha tempo ruim”, afirmou o tio da costureira, Alcides Paschoal.

Por G1 Rio Preto e Araçatuba

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