A mulher de 40 anos que foi presa junto com o companheiro dela, de 24 anos, nesta quarta-feira (16),durante operação da Polícia Civil em Birigui (SP), seria fornecedora de grandes quantidades de drogas a outros traficantes da cidade.

Na residência do casal foram apreendidos mais de 90 quilos de drogas, entre maconha e cocaína. No total, foram 74.264,35 quilos de maconha e 16 quilos de cocaína. Além disso, havia mais cerca de 8 quilos de outra substância na qual não foi constatada a presença de entorpecentes, a qual seria utilizada para "batizar" a cocaína, aumentando o volume.

As prisões aconteceram durante cumprimento a mandado de busca e apreensão na casa do casal, que mora em uma residência no bairro Vitória. O imóvel foi visitado por equipe chefiada pelo delegado Eduardo Lima de Paula.

A ordem judicial foi expedida pela Vara Regional das Garantias de Araçatuba, relacionada a investigação iniciada após denúncia de que a mulher estaria praticando o tráfico de drogas em grandes quantidades.

Laboratório

Segundo a polícia, o casal foi encontrado dormindo em um dos quartos nos fundos do imóvel quando da chegada dos policiais. No quarto ao lado havia três balanças, objetos com resquícios de drogas e dezenas de tijolos e porções de cocaína e maconha.

Esse cômodo funcionaria como ambiente para o refino e fracionamento das drogas, que foram encontradas espalhadas pelo quarto e no guarda-roupas. Também havia porções guardadas em mochilas, prontas para serem redistribuídas para outros traficantes, segundo a polícia.

Além disso, foi encontrado um revólver calibre 32 carregado com uma munição e mais munições calibre 38, que estavam dentro do guarda-roupa. O companheiro da investigada teria assumido a propriedade da arma de das munições.

Documento falso

Durante as buscas a polícia também encontrou cadernos e folhas com anotações que seriam relacionadas à contabilidade da vendas de drogas e dois documentos pessoais que seriam falsificados. Esses documentos estariam com foto da investigada, porém, com nomes de outras mulheres.

O local foi preservado para realização de perícia, que foi acompanhada pelos investigados, e recolheu quatro celulares. Segundo a polícia, a investigada disse apenas que não venderia drogas, enquanto o companheiro dela permaneceu o tempo em silêncio. Posteriormente, a mulher também informou que só se manifestaria na presença do advogado dela.

Prisão

O delegado decretou a prisão em flagrante do casal e representou pela conversão das prisões em preventiva. Foi levado em consideração que os investigados alegaram renda que não seria compatível com a casa e com os veículos encontrados no imóvel, sendo duas motos e um carro.

A mulher afirmou em declarações que ganharia R$ 1.500,00 por mês em uma banca de calçados, enquanto o companheiro dela disse que trabalharia como segurança patrimonial em uma escola e ganharia R$ 3.000,00 mensais.

“A droga hoje localizada possui alto valor de mercado e demonstra que ambos fazem do armazenamento e distribuição de drogas seu principal meio de vida e seus trabalhos declarados não passam de fachada para ocultar o intento criminoso” , argumenta o delegado ao representar pela decretação da prisão preventiva do casal.

Os dois permaneceram à disposição da Justiça e devem passar por audiência de custódia.