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Acusado de matar professor em Birigui é condenado a 14 anos de prisão
Por Administrador
Publicado em 11/08/2025 08:33
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O Tribunal do Júri de Birigui (SP) condenou a 14 anos, 4 meses e 24 dias de prisão, Jonas Barbosa de Alcântara Júnior, 40 anos, pelo assassinato do professor Eloi Gomes da Silva, 48, crime ocorrido na noite de 30 de agosto.

A vítima foi encontrada já sem vida, com um faca cravada no peito, e o réu se apresentou quase um mês depois, quando estava com a prisão temporária decretada. Ele confessou a autoria do crime.

Conforme publicado na época, o corpo de Silva foi encontrado pelo companheiro dele, um metalúrgico de 59 anos, com uma faca cravada no peito. Na ocasião, ele notou que havia desaparecido um notebook, um celular e a chave da casa.

Alcântara Júnior teve o nome citado por denúncias anônimas recebidas pelas polícias Civil e Militar, chegou a ser ouvido, mas negou o crime. A polícia prosseguiu com a investigação e obteve informações que fortaleceram os indícios de que ele teria cometido o homicídio.

Preso

Foi representada pela prisão temporária por 30 dias, a qual foi decretada pela Justiça e o réu se entregou à polícia em 24 de setembro, acompanhado de um advogado. Na ocasião, ele alegou que esteve na casa do professor para medir uma parede que precisava ser rebocada.

Na versão dele, enquanto conversavam, a vítima o convidou, junto com a companheira dele, da qual estava separado temporariamente, para participar de uma "festinha" sexual. Por ser muito ciumento, Alcântara Júnior disse que se descontrolou ao ouvir a proposta e o professor insistiu em debochar dele, por isso pegou a faca e o atacou.

O réu alegou que pegou o notebook e o celular da vítima para evitar ser identificado, pois havia trocado mensagens com o professor por meio de programas instalados nesses equipamentos. Ele disse que os jogou dentro de um córrego perto da casa dele.

Julgamento

Alcântara Júnior foi denunciado por homicídio qualificado pelo motivo fútil, com o emprego de recurso que dificultou a defesa e meio cruel. O julgamento aconteceu na quinta-feira (7) e o promotor de Justiça Rodrigo Mazzilli Marcondes pediu a condenação de acordo com a denúncia.

O réu teve a defesa feita pelos advogados Ana Rita Pereira dos Santos, Fernanda Lima e Cesar Franzoi, que sustentaram as teses de legítima defesa, homicídio privilegiado e reconhecimento da semi-imputabilidade do réu. Foi anexado aos autos, laudo pericial produzido em incidente de insanidade mental, atestando a existência de doença mental no sentenciado.

Porém, os jurados acataram na íntegra o pedido do Ministério Público e a sentença foi proferida pela juíza Moema Moreira Ponce Lacerda, que presidiu o Júri. Ela determinou o regime fechado para o início do cumprimento da pena e não concedeu ao réu o direito de recorrer em liberdade.

Como a teses não foram acolhidas pelo Tribunal do Júri, a defesa informa que, embora respeite a decisão soberana dos jurados, manifesta a intenção de interpor recurso.

 

 
Agência Trio Notícias
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