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Polícia Civil de Birigui detém jovem suspeita de viver aplicando golpes
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Publicado em 15/06/2022

A Polícia Civil de Birigui (SP) identificou e deteve nesta terça-feira (14), uma jovem de 24 anos, moradora em um condomínio de apartamentos na avenida João Cernack, acusada de estelionato. Ela confessou que há pelo menos três anos comprava dados de cartões bancários de terceiros para fazer compras em lojas virtuais na internet.

Além disso, contou que estava cedendo a conta bancária dela para um desconhecido enviar transferências de Pix, que podem ser obtidas de forma fraudulenta. Estaria movimentando de R$ 3 mil a R$ 4 mil por semana com essa prática.

A apreensão foi feita por equipe chefiada pelo delegado Eduardo Lima de Paula, que esteve no apartamento da investigada em cumprimento a mandado de busca e apreensão expedido pela 1ª Vara Criminal de Birigui.

A ordem foi solicitada devido a denúncia de que a investigada receberia em casa diversas encomendas em nomes de terceiros.

Mercadorias

Os policiais foram recepcionados pela investigada, que estava acompanhada de outra mulher. Após serem informadas da denúncia elas autorizaram as buscas e foram encontrados pacotes de encomendas e mercadorias fechadas endereçados à terceiros.

Segundo a polícia, também havia cadernos com anotações de dados pessoais e bancários de pessoas que não residiam na casa. Inclusive, o computador estava com a tela aberta em uma página virtual com interface semelhante aos sistemas de busca policiais, exibindo os dados de um homem morador em Guaraçaí (SP).

Drogas

Durante as buscas foram apreendidos diversos chips de celular; um prato com resquícios de pó branco, aparentando ser cocaína; cinco pinos da droga; e uma porção de maconha.

No guarda-roupas foi encontrado um pacote com diversos pinos vazios para fracionar entorpecentes e um barril de cerveja de 5 litros da Heineken, cheio de dinheiro.

Confessou

Todo material foi recolhido e levado para o plantão policial, onde a investigada foi ouvida na presença de uma advogada e alegou que a droga era para uso pessoal e para repassar para amigos, sem obter lucro.

Sobre os demais materiais apreendidos, ela contou que há três anos comprava informações bancárias de cartões de crédito de terceiros em grupos de WhatsApp, com os quais fazia compras em lojas virtuais.

Disse ainda que parte das mercadorias que adquiria mediante a fraude eram para uso pessoal e as recebia em casa. Porém, também enviava mercadorias para endereços indicados por pessoas que vendiam as informações das vítimas.

Contas

A jovem também revelou que dois ou três meses atrás passou a ceder a conta bancária dela para um desconhecido. Desde então, ela recebe transferências de Pix, repassa os valores para contas indicadas pelo contratante e tem direito a uma comissão que varia de 1,5% a 2 % do valor recebido.

Disse ainda que para aumentar a margem de lucro, passou a usar contas de amigos e familiares, repassando a eles parte do lucro. Segundo a investigada, ela recebia por semana entre R$ 3.000,00 a R$ 4.000,00 com este tipo de negociação.

Investigação

Após colher as declarações o delegado liberou a investigada e determinou a apreensão dos materiais, incluindo o computador e celulares da jovem, que passarão por perícia. Um inquérito será instaurado e as informações obtidas poderão auxiliar na identificação das possíveis vítimas para indiciamento da jovem.

Também serão feitas investigações sobre possível tráfico de drogas devido à apreensão dos entorpecentes e materiais relacionados ao fracionamento de drogas.

 

 
Lázaro Jr. - Hojemais Araçatub
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