Uma mulher com 61 anos foi levada para a delegacia em Birigui (SP) na tarde desta terça-feira (26), após ser flagrada com duas porções de crack somando aproximadamente 20 gramas. Ela alegou que o entorpecente seria para uso próprio e que havia achado.
O flagrante foi feito por policiais militares que receberam diversas denúncias de tráfico de drogas em um bar próximo de uma escola no bairro São Conrado. A informação passada foi de que duas mulheres venderiam crack no local e um homem comercializaria cocaína.
Passando pela rua Antônio Augusto Tozzoni os policiais viram a idosa sentada em uma cadeira na frente do bar, fizeram a abordagem e comunicaram que acionariam o apoio de uma policial militar feminina revistá-la.
Segundo a equipe, enquanto aguardavam, a investigada passou a andar de um lado para o outro e de repente saiu correndo, mas foi acompanhada e detida. Durante a tentativa de fuga ela teria retirado duas pedras de crack de dentro das roupas íntimas e jogado no quintal de uma residência. Ela também teria jogado o celular dela no chão.
Negou
Ainda de acordo com os policiais, a mulher gritava que não queria ser presa, alegando que a droga localizada seria para consumo pessoal. Após autorização para vistoria na casa dela os policiais apreenderam uma balança de precisão. As porções de crack foram pesadas nessa mesma balança e somaram 20 gramas.
Em depoimento na delegacia a mulher, acompanhada de um advogado, negou o tráfico de drogas. Ela alegou ser usuária de crack há cinco ou seis meses, fato que esconderia dos familiares dela por ter vergonha.
Disse ainda que é responsável pela filha dela de 18 anos, que teria epilepsia e esquizofrenia, seria interditada e recebe pensão mensal de R$ 1.200,00. Como não tem renda própria, alega que faz sabão caseiro líquido e de pedra, com álcool e soda cáustica para vender. Disse ainda que usa a balança apreendida para pesar os ingredientes do sabão.
Achou
Sobre a droga apreendida, a idosa alegou que quando andava perto da casa dela viu um rapaz enterrar uma sacola plástica em uma área de mata. Acreditando que fosse droga, aguardou o suposto rapaz deixar o local e pegou a sacola com as duas porções de crack.
Disse ainda que escondeu o entorpecente na roupa dela, para consumir, e que no caminho da casa de uma amiga foi abordada pelos policiais militares perto de um bar.
Segundo a investigada, os policiais não a deixaram sair para beber água ou usar o banheiro, o que a deixou tensa e por isso quis levantar para ir ao banheiro. Na versão dela, a droga caiu da roupa dela junto com o celular, que estava no bolso, negando que tenha tentado se desfazer desses objetos.
O delegado Eduardo Lima de Paula, que presidiu o flagrante, decidiu pela apreensão do entorpecente e instauração de inquérito para investigar o caso. Após ser ouvida, a mulher foi liberada.
Lázaro Jr. - Hojemais Araçatuba