Luciano César Bono Silva, 28 anos, foi condenado a 18 anos de prisão pelo assassinato de Henrique Santos de Barros, 18, crime ocorrido na madrugada de 1º de janeiro de 2020, na frente de uma tabacaria na praça Raul Cardoso, em Birigui (SP).
O julgamento aconteceu na terça-feira (7) no Fórum de Birigui e, de acordo com a reportagem, os jurados acataram na íntegra a denúncia do Ministério Público, que pediu a condenação por homicídio qualificado por motivo fútil e recurso que dificultou a defesa da vítima.
Silva aguardava julgamento preso e não terá o direito de recorrer em liberdade. Ele, que tem antecedentes criminais por roubo e porte ilegal de arma de fogo, teve o regime fechado para início do cumprimento da pena.
Crime
De acordo com a denúncia, na madrugada de 1º de janeiro de 2020 o jovem que foi morto estava na frente da tabacaria junto com alguns primos e um amigo, comemorando a virada de ano. Enquanto estava pelo local, ele levou um esbarrão de um primo de Silva, dando início a uma discussão.
Várias pessoas teriam se envolvido, a vítima teria se exaltado, passado a falar em voz alta e a briga se intensificou. Ainda de acordo com a denúncia, Barros foi cercado por aproximadamente quatro pessoas, que passaram a agredi-lo.
Enquanto os primos tentavam apartar a briga, um dos agressores sacou uma arma de fogo e fez um disparo, sem atingir ninguém. Entretanto, em seguida ele atirou no peito da vítima, que caiu e levou um segundo tiro enquanto era socorrida por uma prima.
Laudo necroscópico apontou que um dos projéteis transfixou o corpo e saiu pela boca. Após os disparos os agressores fugiram, a vítima chegou a ser socorrida, mas não resistiu aos ferimentos.
Investigação
Silva foi identificado por meio das imagens de câmeras de monitoramento, pois era conhecido da polícia, e também foi reconhecido por duas testemunhas como sendo o autor dos disparos.
Após ser preso ele negou ter sido o autor dos disparos que mataram Barros, apesar de admitir ter estado no local. Porém, alegou que estava cerca de 12 metros distante da aglomeração e que correu ao ouvir dois disparos de arma de fogo.
O primo dele, acusado de esbarrar na vítima causando a discussão, também foi investigado, mas a Promotoria de Justiça considerou não haver provas para denunciá-lo.
Lázaro Jr. - Hojemais Araçatuba