Uma pistola de brinquedo foi apreendida com um menino 11 anos dentro de uma escola estadual de Birigui (SP) na tarde desta terça-feira (11). Foi a segunda ocorrência do tipo registrada na cidade neste mês.

O caso foi apresentado por policiais militares que estavam em patrulhamento nos estabelecimentos de ensino, diante da disseminação de ameaças de massacre Brasil afora. Quando passavam nessa escola, eles foram informados pela diretora que havia uma criança portando uma "arminha de plástico" dentro da escola.

O Conselho Tutelar foi chamado, mas como a mãe do menino foi comunicada e compareceu à instituição de ensino, nenhum conselheiro esteve presente.

Procedência

Já na delegacia, a diretora da escola disse que por volta das 13h30, uma professora relatou para uma agente escolar e ao vice-diretor, que o aluno de 11 anos estava com a arma de brinquedo guardada consigo.

De acordo com ela, ao ser questionado o menino alegou que outro estudante, de 12 anos, teria entregado a réplica de pistola a ele, alegando que estaria com medo de ser pego pela Polícia Militar.

A diretora contou que as mães dos dois alunos foram chamadas na escola, sendo que ambas alegaram que nunca viram tal brinquedo com os filhos em casa e que não seria dos filhos delas.

Já a mãe do estudante de 12 anos comentou que a arma poderia ser casa da sogra dela, onde teria esse tipo de brinquedo. Comentou ainda que o pai do menino está preso. Os dois alunos foram dispensados após receberem advertência e suspensão.

Apreendida

A ocorrência foi presidida pelo delegado Ícaro Oliveira Borges, que decidiu pela apreensão da pistola de brinquedo. Ele levou em consideração que o menino teria sido visto portando réplica de arma de fogo na cintura durante aula.

"Segundo se pode notar, em razão da situação atual em que a sociedade brasileira vem vivenciando, uma réplica ou simulacro de arma de fogo é possível provocar ato capaz de produzir pânico ou tumulto, tantos em alunos, professoras e familiares" , justificou.

O delegado argumentou ainda que o objeto visualmente pode ser confundido com uma arma de fogo, tem fabricação de condicionada à comprovada a origem e estava em poder de pessoas não habilitadas.

Um inquérito deve ser instaurado e a pistola seria encaminhada ao Instituto de Criminalística. O Conselho Tutelar deve ser comunicado para providências cabíveis no sentido de acompanhar a família e a criança e o caso também deve ser relatado ao Comando do Exército e à Seccional de Polícia de Araçatuba.

Outro caso

No dia 1o deste mês, outro estudante de 14 anos foi flagrado com uma réplica de pistola na sala de aula de uma escola estadual de Birigui. Nesse caso, o vice-diretor foi  informado pela professora do adolescente, que havia três alunos brincando com um objeto parecido com uma arma de fogo.

Os três estudantes foram convidados para ir até à sala dele, o brinquedo foi recolhido e entregue a uma equipe da Ronda Escolar da Polícia Militar que estava no prédio. Os responsáveis pelos alunos e o Conselho Tutelar foram comunicados e todos foram para a delegacia.

O estudante alegou na delegacia que havia levado o simulacro de arma de fogo para a escola para brincar de “polícia e ladrão” com um primo na saída. Disse ainda que comprou o objeto no WebSite “Mercado Livre” e que seria a primeira vez que o levava para a sala de aula.