Foi preso em São Paulo, Lucas Matheus de Lima Queiroz, 28 anos, que era considerado foragido pela Justiça de Birigui (SP), acusado de ser o autor do assassinato do comerciante Eurico Valentim do Nascimento Júnior, 39 anos . Juninho, como era conhecido, foi assassinato a tiros na madrugada de 10 de março de 2022.

Segundo o que foi apurado pela reportagem, o capturado também é acusado da autoria de uma dupla tentativa de homicídio ocorrida em janeiro deste ano na Vila Xavier, em Birigui, tendo como vítimas um homem de 38 anos e filho dele, com 14 anos na ocasião, ambos feridos por disparos de arma de fogo.

O Hojemais Araçatuba apurou que apesar de a Polícia Civil de Birigui ter sido informado agora da prisão, ela aconteceu em 9 de maio, durante execução da Operação Resgate, uma ação permanente da Polícia Civil de São Paulo contra o tráfico de drogas na região central da Capital, conhecida como “Cracolândia”.

Drogas

Segundo a polícia, na ocasião o acusado foi visto comercializando drogas e foi flagrado com 16 porções de cocaína e 105 de crack, além de R$ 92,00. Durante o flagrante foi constatado que havia o mandado de prisão preventiva expedido em 18 de outubro de 2022 pela Justiça de Birigui, referente ao processo do assassinato do comerciante.

Também havia um mandado de prisão em aberto contra o investigado, expedido em 22 de março deste ano também pela Justiça de Birigui, referente a condenação por tráfico de drogas, crime ocorrido em 2016.

Como responde ao inquérito pelo tráfico de drogas em São Paulo, Queiroz deverá ser ouvido por carta precatória com relação aos inquéritos que investigam o assassinato e a dupla tentativa de homicídio em Birigui.

O assassinato do comerciante Eurico Valentim do Nascimento Júnior, 39 anos, o Juninho, aconteceu na frente de um bar na praça Raul Cardoso, onde ele chegou no início da madrugada e estacionou a moto dentro do bar, com autorização do proprietário.

Após cumprimentar os donos do estabelecimento e demais pessoas presentes, a vítima consumiu uma dose de uísque com energético e cerca de duas horas e meia depois, entregou as chaves da moto ao proprietário do estabelecimento, que iria encerrar o expediente.

Enquanto a moto era retirada do bar, Juninho foi visto indo de encontro ao autor do crime, que estava no meio da rua. Durante discussão ele teria falado em voz alta: "você acha que tem arma de fogo, eu também tenho". Em seguida ele levou o primeiro tiro.

Quando estava caído no chão, o comerciante levou um segundo tiro na nuca. As pessoas que estavam pelo local correram para o bar e foram ouvidos mais três ou quatro tiros. O inquérito que investiga o caso é presidido pelo delegado Eduardo Lima de Paula.

A Polícia Civil de Birigui teve acesso a imagens que mostram Lucas Matheus de Lima Queiroz, 28, no local da dupla tentativa de homicídio contra pai e filho ocorrida no dia 1º de janeiro deste ano. Na ocasião a esposa do homem baleado e mãe do adolescente contou que a família passou no bar pertencente a um tio do marido dela, na rua 21 de Abril, Vila Xavier, para desejar um feliz ano novo.

Enquanto conversavam, um casal de moto chegou no estabelecimento e o tio do marido dela entrou para atendê-lo. Ela, o marido dela e o filho adolescente ficaram aguardando o familiar na calçada e viram o autor chegar, bastante agitado.

O investigado teria trombado no marido dela e sacado a arma que trazia na lateral da cintura. Segundo a testemunha, o marido dela agarrou o braço do criminoso para tentar segurá-lo, teve início a luta corporal e os dois caíram no chão.

Nesse momento houve o primeiro disparo da arma e o marido da testemunha foi atingido, mas permaneceu agarrado ao braço do investigado. Foram feitos novos disparos e o filho do casal tentou intervir.

Mais tiros

Duante a luta o marido dela se levantou e quando tentava entrar na casa dos familiares, que fica ao lado do bar, foi atingido por mais um tiro, que o acertou nas costas e transfixou o corpo, perfurando os pulmões. Ele também teve ferimentos na boca e ficou internado e intubado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva).

O filho do casal foi ferido por disparos de arma de fogo na perna e no pé. O inquérito que investiga o caso foi instaurado pelo 1º Distrito Policial de Birigui e, além das imagens obtidas durante a investigação, Queiroz foi reconhecido por meio de fotos pela testemunha.

Ao representar pela prisão temporária dele, a Polícia Civil o descreveu como como pessoa de alta periculosidade.