Fabrício Rodrigues de Souza, 44 anos, morreu após ser baleado por policiais militares na noite de quarta-feira (4), no bairro Candeias, em Birigui (SP). Ele chegou a ser levado para o pronto-socorro, mas não resistiu aos ferimentos.

A Polícia Civil foi comunicada do caso pouco antes das 22h30 e a morte teria ocorrido após a vítima ter atirado contra equipe do Baep (Batalhão de Ações Especiais de Polícia). Quando os investigadores chegaram ao local, na rua Mauro Fiorina, já era realizada a perícia por equipe do Instituto de Criminalística.

A informação passada no local por um tenente da PM foi que Souza teria corrido durante tentativa de abordagem e baleado após ter se virado e atirado contra a equipe. Foi apresentada uma pistola PT Taurus 638, com numeração raspada, que seria a arma utilizada pela vítima para atirar nos policiais.

Após colher as informações, a Polícia Civil entrou em contato com o promotor de Justiça do Júri e informou sobre a dinâmica dos fatos e a identificação da vítima. O delegado que presidiu a ocorrência esteve no pronto-socorro, viu o corpo de Souza e recebeu documento de identificação de óbito, que aponta que os tiros feriram o peito dele. 

Tiros

Já na delegacia, os policiais militares que atuaram na ação foram ouvidos. Um deles relatou que correu atrás da vítima por cerca de 800 metros e que próximo a um entroncamento de cercas, Souza teria parado, se virado e com a arma em punho, teria feito disparos contra ele.

Para se defender, o policial disse que fez dois disparos e que o companheiro da guarnição fez outros dois disparos, ambos utilizando pistolas calibre .40, que foram recolhidas para perícia. Ainda segundo os policiais, após cair no chão a vítima apresentava sinais vitais, por isso o resgate do Corpo de Bombeiros foi acionado e prestado o socorro.

Legítima defesa

Ao analisar o caso, o delegado considerou que trata-se de situação envolvendo hipótese de excludente de ilicitude, na modalidade legítima defesa própria, prevista no Código Penal. 

Os policiais que atuaram na ocorrência foram liberados após serem ouvidos e um inquérito policial será instaurado. Foi requisitado exame pericial para o IML (Instituto Médico Legal), inclusive com perícia residuográfica para Souza.

Ainda de acordo com o que foi informado, uma irmã da vítima esteve na delegacia para receber os pertences e comunicou que equipe da funerária São Judas faria a remoção do corpo e encaminhamento ao IML de Araçatuba, para exame necroscópico.