A Justiça de Catanduva (SP) revogou a prisão temporária de um morador em Birigui, que é investigado por suspeita de integrar uma suposta organização criminosa especializada em furtos de cofres mediante arrombamento em diversas cidades do Estado e também no Mato Grosso do Sul.
A investigação é da Polícia Civil de Potirendaba e teve início há pelo menos cinco meses. Essa suposta organização criminosa teria como alvo cofres de supermercados e postos de combustíveis, entre outros estabelecimentos. Há registros de crimes nas regiões de Presidente Prudente, Lins, Bauru, Catanduva, entre outras, normalmente realizados na madrugada, mediante destelhamento dos imóveis alvos.
Esse morador em Birigui foi alvo de operação realizada em 12 de agosto pela Polícia Civil de Potirendaba, com apoio de equipe da Deic (Divisão Especializada de Investigações Criminais) de Araçatuba, para cumprimento de mandados de prisão temporária e de busca e apreensão, expedidos pela 1ª Vara Criminal de Catanduva.
Na ocasião, foram apreendidos em endereços ligados a ele, uma espingarda, 70 Euros em dinheiro, uma capa de colete balístico com uma lanterna e várias ferramentas dentro de uma mochila. Também foi recolhida a chave reserva de um veículo Toyota Corolla e o manual de revisão desse carro, que havia sido apreendido naquela madrugada pela Delegacia de Catanduva, por suspeita de ter sido utilizado em um furto do tipo.
Revogação
A informação sobre a revogação da prisão temporária foi divulgada pela defesa do investigado de Birigui, que é feita pelo advogado Elber Carvalho de Souza. Ele informa que argumentou no pedido que o suposto delito ainda está em fase de investigação, sendo desnecessária a prisão temporária. “Nossa Constituição veda totalmente a antecipação de cumprimento de pena sem o devido processo legal. Aliás, luto diuturnamente por um processo justo e pela liberdade, o bem mais precioso que temos” , diz.
O defensor explica que o cliente dele, até a revogação da prisão, era considerado foragido, pois não foi localizado durante o cumprimento do mandado de busca. Agora, ele poderá responder em liberdade uma suposta acusação que venha a surgir ao final do inquérito policial.
Preso
Ainda de acordo com o advogado, a decisão é extensiva aos demais investigados. Assim, deverá valer também para o comerciante de 52 anos, que foi preso no Jardim Universo, em Araçatuba, durante a operação de 12 de agosto.
Na ocasião havia contra ele um mandado de prisão temporária em aberto, mas ele também foi preso em flagrante por posse ilegal de munição, já que na casa dele foram encontradas 19 munições intactas calibre 38. Na ocasião, o investigado alegou que as munições seriam para venda.
