O Tribunal do Júri de Birigui (SP) condenou a 19 anos e 20 dias de prisão, Fabiano da Silva, 32 anos, pelo assassinato do funileiro Hércules Macelo Trindade, 46, em junho de 2022. O julgamento aconteceu nesta terça-feira (5) e o réu não terá o direito de recorrer em liberdade.
De acordo com a denúncia, com base na investigação policial, o crime aconteceu por volta das 9h de 29 de junho de 2022, na rua Egídio Navarro, no bairro Jardim Costa Rica. Réu e vítima se conheciam, pois negociavam objetos, e Silva teria combinado a venda de um aparelho de som para Trindade, no valor de R$ 150,00.
Dois dias antes, o réu teria ido à casa do funileiro entregar o aparelho, recebido R$ 50,00 e foi orientado a retornar no dia seguinte para receber o restante. Porém, ele teria retornado na tarde do mesmo dia e recebido mais R$ 25,00.
Violão
Os dois teriam combinado de que o réu retornaria no dia seguinte e entregaria um violão à vítima, que daria uma peça automotiva como pagamento, no lugar do dinheiro. Conforme combinado, Silva esteve na casa do funileiro, entregou o violão e recebeu a peça automotiva.
Porém, ele não teria gostado dessa peça, os dois discutiram e a vítima colocou a peça no porta-malas do carro. Em seguida, o funileiro pediu para o réu ir embora e não voltar mais à oficina, onde também era a casa dele.
Tiros
Inconformado com a situação, Silva foi embora e teria decidido matar a vítima. Na manhã seguinte, ele armou-se com um revólver calibre 38 e saiu de casa com um veículo Corsa Hatch. Segundo a denúncia, ele estacionou nas imediações da oficina do funileiro e, na posse da arma de fogo e com um capuz na cabeça, caminhou até à rua Egídio Navarro.
A vítima foi surpreendida quando estava na frente do imóvel e atingida por dois disparos de arma de fogo, um no ombro esquerdo e outro na cabeça. Trindade chegou a ser socorrido, mas morreu em função dos ferimentos.
Preso
A investigação foi conduzida pelo delegado Guilherme Melchior Valera, do 1° DP (Distrito Policial), que identificou o réu como autor do crime e representou pela prisão temporária dele, cumprida uma semana após o crime.
Na ocasião, ele também foi preso flagrante por posse ilegal de arma de fogo, pois durante as buscas foi encontrado um revólver calibre 38 carregado com quatro munições intactas. Também foi apreendida uma blusa que o investigado estaria vestindo no momento do crime e os policiais fotografaram o veículo que ele teria utilizado para a fuga do local do assassinato.
Condenado
Silva foi denunciado por homicídio qualificado pelo motivo fútil e com recurso que dificultou a defesa da vítima. Durante o julgamento, o promotor de Justiça Rodrigo Mazzilli Marcondes pediu a condenação de acordo com a denúncia e foi atendido. O réu aguardava julgamento preso e não terá direito a recorrer em liberdade.
Agência Trio Notícias