A reportagem conseguiu contato com a mãe de uma criança matriculada na creche de Birigui (SP), onde uma professora é investigada pela Polícia Civil, acusada de tortura contra crianças matriculadas na instituição. A mulher afirma que o filho dela, que ainda irá completar 5 anos, foi agredido pela professora investigada, no banheiro da creche.
Essa mãe informou que registrou boletim de ocorrência na delegacia na segunda-feira (7) e na terça-feira (8), já recebeu a intimação da Justiça, com a determinação para que a professora investigada não se aproxime do filho dela enquanto prosseguem as investigações.
Ela revelou que até se surpreendeu quando leu a reportagem que informa que a professora submeteria crianças a banho frio e que esguicharia água com o chuveirinho contra as narinas, olhos, orelhas e boca das vítimas, conforme consta em denúncia feita à polícia.
Agressivo
A mulher contou que o filho dela frequenta a creche desde o primeiro ano e nunca teve problemas. Este seria o primeiro ano que ele teve contato com a professora investigada. Em março ele teria apresentado agressividade e ela foi informada pela escola sobre mudanças no comportamento da criança.
De acordo com a mãe, em reunião ela foi comunicada sobre a necessidade de chamar uma psicóloga, pois o filho dela estaria falando palavrões para a professora.
Ainda de acordo com a mulher, como o menino nunca teve esse tipo de comportamento, ela conversou com a criança, que negou e revelou que havia sido levado ao banheiro e apanhado de chinelo da professora.
Investigação
A mulher conta que ela deixou de levar o filho para a escola e teve conhecimento de que havia investigação em andamento, por isso, procurou a polícia no início da semana para também comunicar o que teria acontecido com o filho dela.
Ela conta que na terça-feira levou a criança na escola, pois o menino estava chorando porque queria encontrar os amiguinhos. Ao explicar que ele não estaria indo para a creche por causa da agressão, ele teria comentando que a professora teria batido nele, mas seria brincando.
“A gente deixa os filhos na escola pensando que eles estão seguros e acontece isso. É decepcionante!” , declara, afirmando que decidiu procurar a polícia também por causa de outras crianças que podem estar passando pela mesma situação, mas os pais não sabem.
Providências
A reportagem já falou com a defesa da professora investigada, feita pelo advogado Elber Carvalho de Souza, que informou que ainda não teve acesso aos autos, mas que irá provar a inocência da cliente dele no decorrer do procedimento investigativo.
A Prefeitura comunicou por meio da assessoria de imprensa que assim que tomou conhecimento dos supostos fatos envolvendo conduta da professora, a prefeita Samanta Borini (PDS) determinou, de imediato, a abertura de sindicância administrativa para apuração rigorosa dos acontecimentos, ainda antes do ajuizamento de qualquer ação judicial.
O município afirmou que cumprirá integralmente a decisão judicial que determinou o afastamento da profissional investigada das funções, respeitando o devido processo legal e as determinações das autoridades competentes.
Agência Trio Notícias