Fiscais da Prefeitura de Araçatuba (SP) ficaram trancadas por cerca de 10 minutos dentro de uma barbearia no bairro São João, durante fiscalização realizada na tarde de quarta-feira (24).
O proprietário do estabelecimento, que deveria estar fechado, não concordou ao ser notificado sobre a necessidade de suspender as atividades. As vítimas denunciaram o caso à polícia, registrando um boletim de ocorrência na manhã desta quinta-feira (25).
As duas fiscais relataram que foram ao estabelecimento, que fica na rua Cristiano Olsen, durante fiscalização de rotina pelo Setor de Postura, após denúncia encaminhada pelo Ministério Público.
Proibido
No início do mês, o TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) derrubou decreto municipal que autorizava o funcionamento de bares, restaurantes, salões de beleza e barbearias, com atendimento presencial.
Apesar da proibição, a barbearia estaria atendendo e, chegando ao local, as fiscais encontraram o cabeleireiro, que não teve a idade informada, acompanhado de cinco funcionários.
Ao ser comunicado do teor da denúncia e da proibição do funcionamento, ele teria alegado que estavam atendendo delivery, ou seja, fazendo atendimento em domicílio.
Alterado
Quando as fiscais explicaram que o decreto municipal em vigor não permite o funcionamento de salões e barbearias, nem mesmo com atendimento em domicílio, o cabeleireiro teria se alterado.
Ele teria argumentado que o Calçadão está funcionando e que a fiscalização na barbearia dele seria uma postura política.
As fiscais preencheram para entregar ao investigado uma notificação, informando que deveria cumprir o decreto, suspendendo totalmente as atividades, sob risco de ser responsabilizado se persistisse infringindo a lei.
Trancadas
Nesse momento, ele teria pego as chaves do salão e trancado as portas, impedindo as fiscais de saírem do prédio.
Ainda de acordo com o relato feito à polícia, o cabeleireiro teria dito “daqui vocês não saem e podem chamar quem vocês quiserem” , mantendo-as sob constrangimento pelo período de 5 a 10 minutos.
Elas contaram que só conseguiram sair quando uma mulher que estava no salão tomou a chave das mãos do proprietário e abriu a porta.
Segundo as vítimas, durante o tempo que permaneceram no salão elas foram filmadas com um celular e acreditam que a porta só foi aberta porque disseram que iriam acionar a Polícia Militar. O caso será investigado.
lázaro jr. hojemais Araçatuba;