Três pessoas foram presas em flagrante nesta quinta-feira (2) pela Polícia Federal de Araçatuba (SP), durante cumprimento de 12 mandados de busca e apreensão judicial em Araçatuba e Birigui.
A ação faz parte da operação MATRIZ 188, que investiga uma quadrilha especializada na fabricação e distribuição de dinheiro falso. O nome é uma referência aos números de série e características peculiares das cédulas produzidas pelos criminosos.
Ainda de acordo com a PF, o grupo criminoso mantinha um dos maiores laboratórios de falsificação de moeda no Brasil.
Os acusados vinham sendo investigados havia um ano e, nesse período, foram tiradas de circulação, mais de R$ 2 milhões em cédulas falsas produzidas por eles.
Experiência
Em nota divulgada pela assessoria de imprensa, a PF informou que todos os integrantes da organização criminosa possuíam passagens criminais, inclusive pelo crime de moeda falsa.
Eles utilizavam maquinário diversificado e várias técnicas gráficas para simular os itens de segurança das cédulas verdadeiras e produziam réplicas de ótima qualidade de 10, 20, 50 e 100 reais.
Segundo a polícia, há também suspeita que o grupo possuía matrizes de cédulas de dólar, o que está sendo investigado.
Lucro
A PF informa que nos últimos três anos, a organização criminosa agora desarticulada, colocou em circulação milhares de cédulas falsas. Nesse período, foram apreendidas e retidas no comércio 996 exemplares de 10 reais; 58.738 de 20 reais; 15.234 de 50 reais; e 3.012 de 100 reais.
O laboratório estava montado na casa de um dos integrantes do grupo, que não foi localizado pela polícia e é considerado foragido. No local, foram apreendidas milhares de cédulas falsas prontas e em fase de confecção, impressão e acabamento.
Também havia grande quantidade de aparatos para falsificação de moeda, como papéis, impressoras, tintas, equipamento gráfico pesado e material de acabamento.
Correios
A PF apurou que o dinheiro falso apreendido durante a operação seria vendido pela internet e enviado por correspondência pelos Correios. O montante ainda seria calculado.
Os investigados responderão pelos crimes de moeda falsa, cuja pena é de 3 a 12 anos de reclusão, e pelo delito de organização criminosa, com pena de 3 a 8 anos de reclusão.
Eles foram apresentados na Delegacia da Polícia Federal de Araçatuba e seriam encaminhados à Cadeia de Penápolis, onde permanecerão à disposição da Justiça Federal.
Lázaro Jr. - Hojemais Araçatuba