Um advogado de 42 anos, morador em Birigui (SP), foi preso na noite de domingo (29), pela lei Maria da Penha. Ele é acusado de agredir uma professora de 45 anos, com a qual manteria relacionamento amoroso.
A vítima disse que foi agredida com socos no rosto e arrastada pelo cabelo, dentro da casa dele, que pagou fiança e responderá em liberdade.
Policiais militares foram à residência do investigado por volta das 22h30, em atendimento a ocorrência de violência doméstica. No local, encontraram um irmão da vítima esperando na frente do imóvel.
O advogado atendeu a equipe de dentro do portão, disse que havia discutido com a vítima e apenas se defendido dela. Os policiais pediram que ele saísse e perceberam que o acusado estava muito nervoso e aparentava estar embriagado, por isso o algemaram.
Relacionamento
Os policiais que atenderam a ocorrência informaram que não presenciaram agressões, mas encontraram a professora com ferimentos. Ela disse que mantém relacionamento amoroso com o advogado desde julho de 2018, apesar de ele não assumir essa relação, que seria de conhecimento da família e de amigos dela.
Ainda segundo a vítima, ela estava na casa do investigado desde a última quinta-feira (26). A mulher relatou que não havia ocorrido problema algum e, no domingo, ele havia ingerido muita bebida alcoólica.
Ainda durante a tarde, a professora teria recebido um telefonema de uma amiga, que depois esteve na casa do advogado com ela. Durante a visita, o investigado teria dito que iria dormir e deixou as duas sozinhas.
A discussão teve início logo após essa amiga ter ido embora. Após se despedir e entrar de volta na casa, a professora disse que encontrou o advogado com o celular dela nas mãos, observando a página pessoal dela no Facebook.
O investigado teria dito que havia muitas fotos de outro homem com curtidas dela, insinuando que ela estaria tendo “alguma coisa” com essa pessoa. Diante das insinuações, a mulher teria dito que iria embora e começou a pegar os pertences dela para levar para o carro dela, que estava na garagem.
Inconformado, o advogado teria passado a agredi-la com socos no rosto, fazendo com que caísse. Com ela no não chão, ele a teria agarrado pelos cabelos e a arrastado.
A professora disse à polícia que usou as unhas para se defender e também mordeu uma das mãos do investigado. Contou ainda que gritou por socorro, mas como ninguém apareceu, conseguiu entrar no carro e saiu com o veículo na rua.
Celular
Quando retornou para pegar o celular, teria sido agredida novamente e desistiu. O advogado negou para os policiais que estivesse com o celular da professora, mas enquanto a ocorrência era atendida, o irmão dela telefonou e o aparelho tocou no interior da casa.
Um dos policiais entrou e encontrou o celular da vítima, que estava com a tela danificada. De acordo com a mulher, no aparelho há informações que confirmariam que o casal mantém um relacionamento amoroso, entre elas, o convite para que fosse à casa dele na quinta-feira.
A professora não pediu as medidas protetivas, argumentando que o advogado não vai à casa dela.
Negou
O investigado foi ouvido na presença de uma advogada, negou ter agredido a vítima, afirmando que apenas se defendeu das agressões por parte dela. Disse ainda que apresentará à polícia provas que confirmam a versão dele dos fatos e testemunhas que confirmariam que a professora o vem agredindo.
Relatou inclusive, que teria agredido por ela com uma facada em um dos braços em outra ocasião. Após pagar R$ 1.050,00 de fiança, ele foi liberado.
Lázaro Jr. - Hojemais Araçatuba